Normalmente, quando dormimos e sonhamos dificilmente lembramos ao despertar o que exatamente foi sonhado a noite, quem já não passou por isso? Entretanto, na manhã de hoje, o que sonhei noite passada não sai da minha cabeça, ao me despertar e começar com todo aquele ritual matinal de: tomar café, escolher a roupa de hoje, tomar banho, ajeitar meu topete com gel, etc... parecia que em todos esses afazeres sempre tinha uma voz dizendo: - Diego, escreva sobre teu sonho no Blog! Quando cheguei na agência, aquela voz ainda está me incomodando, pois bem, lá vai o que sonhei!
Podem achar besteira, mas sonhei com meus clientes que estão indo para a Nova Zelândia e com os que estão lá ainda. Sonhei com a possibilidade de cada uma se tornar em um índio tupinambá - Como assim Diego? Índio Tupinambá? Isso mesmo! Aqueles índios canibais que ao guerriar com seus inimigos, faziam rituais antropofágicos, seus prisioneiros não eram tratados como escravos no sentido em que nós pensamos, mas sim "integrado" a aldeia como se fosse um dos seus. Normalmente o mesmo passava por um período de"engorda" que podia durar mais de um ano, sendo lhe dado esposa - que muitas vezes chegava a engravidar e ter filhos. Para os guerreiros serem devorados era um fim muitíssimo honrado. Tal como os vikings do norte europeu eles acreditavam que um guerreiro devia ter um fim digno de seus feitos, morrendo ainda com todo o seu poder na guerra ou devorado, de forma que sua força continuasse viva dentro daqueles que o comeram. Bom, depois dessa pequena aula de História Brasileira, tentarei explicar qual a semelhança com meus clientes. Os índios que comparo com meus clientes são aqueles que devoram, não os devorados.
No meu sonho, nós, altruístas, brasileiros que temos a oportunidade de viajar para a Nova Zelândia (ou qualquer outro país um pouco mais civilizado que o nosso), depois de conhecer a cultura e linguagem deles, deveríamos "devorar" suas virtudes e ao voltar para o Brasil, passar um pouquinho da cultura "kiwi" (termo utilizado para denominar os neozelandeses) aos nossos familiares, filhos, amigos, vizinhos, etc... Como assim passar isso a eles, Diego? Não me refiro ficar ensinando boas maneiras e regras aos outros, mas começar a agir da mesma forma que agiria na Nova Zelândia, respeitando as regras, as leis, ao direito do próximo, separando o lixo, dar lugar no ônibus aos mais velhos, atravessar na faixa de segurança, parar o carro antes da faixa de segurança, dar bom dia (mesmo que não seja um dia assim tão bom), valorizar todas as profissões, respeitar as pessoas pelo que são e não pelo que fazem... Sonho, realmente, que esses clientes "devorem" a boa educação no trânsito, a preocupação com o ensino, o respeito pelos idosos, o direito do outro, os bons políticos, a aplicação correta do dinheiro público. Sonho que tenham indigestão disso tudo! Sejam gulosos, a Gula nesse caso não é pecado! E quando voltarem, não façam dietas... a obesidade de virtudes faz bem a sua saúde e a de todos!
Enfim, pode parecer utópico esse sonho, talvez difícil de pôr em prática, mas como falei é meu sonho...
Que vontade de não ter acordado hoje pela manhã!
Abraço a todos e bom apetite!